Para melhor compreendermos os fatores que influenciam a subida e a descida da EURIBOR, é fundamental que se fale sobre o papel que o Banco Central Europeu tem na formulação do custo do dinheiro na Zona Euro.
Assim, comecemos por relembrar que a principal missão do Banco Central Europeu é assegurar a estabilidade dos preços na Zona Euro. Por outras palavras, a política monetária do BCE é definida tendo por base o objetivo de assegurar uma inflação média de 2% ao ano. Deste modo, se o Banco Central Europeu decidir reduzir as taxas de juro para estimular a economia, é provável que a EURIBOR também diminua. Com a descida das taxas de juro diretoras, o BCE procura, assim, estimular o consumo e o investimento, baixando, simultaneamente, o custo do crédito e as taxas dos depósitos (poupanças).
Em sentido oposto, em momentos de pressão inflacionista dos preços, o BCE pode decidir aumentar as taxas de juro, tornando mais caro o acesso ao crédito e reduzindo, deste modo, a capacidade de consumo e investimento das Famílias e das Empresas. A subida das taxas funciona também como um incentivo à poupança, uma vez que os aforradores estarão menos disponíveis para investir e reduzirão a despesa, uma vez que as taxas dos Depósitos a Prazo e de outros Instrumentos de Poupança indexados às taxas de juro, ficarão mais atrativos.
Ao aumentar ou reduzir as taxas de juro, o BCE acaba, assim, por influenciar e ter um relevante impacto na EURIBOR.
Em conclusão, se contratarmos um empréstimo de longo prazo indexado à EURIBOR, como é o caso do Crédito Habitação, é fundamental termos presente que a prestação pode variar no futuro, sendo, por isso, prudente que deixemos sempre uma margem confortável no nosso orçamento familiar para acomodar essas alterações.
Intermediário de Crédito Vinculado autorizado pelo Banco de Portugal, registo n.º 6531
Licença AMI n.º 23316
Mediador de Seguros Autorizado pela ASF com o nº 4424584101
Aderente: CIAB e CICAP
Fale Connosco